Este trabalho trata do processo de transcrição das 16 valsas para fagote solo, de Francisco Mignone, e o objetivo geral é uma edição dessas transcrições. No primeiro capítulo comenta-se a trajetória do contrabaixo solista, dentro do conceito histórico geral e nacional, bem como a questão terminológica, vista aqui como uma causa das muitas teorias díspares sobre o assunto. No segundo capítulo, segueͲse análise da prática da transcrição,que ilustra nossa visão de reelaboração musical e recriação, com foco na figura do transcritor. Na argumentação sobre as escolhas comparaͲse esta prática com a tradução literária poética, adentrando de maneira ainda que superficial nos conceitos de Semiótica ena literatura de Haroldo de Campos, no que concerne à teoria da tradução.AcrescentouͲseum item acerca do idiomatismo de ambos os instrumentos, bem como um quadro comparativo de suas valências e carências.No terceiro capítulo, além de breve comentáriobiográfico sobre Francisco Mignone, apresentaͲse a transcrição das Valsas, comentada eexemplificada, seguida da edição final. Procedimentos como alteração de oitavas, transposição de tonalidade, inclusão de recursos idiomáticos e eventuais sugestões interpretativas também fazem parte do processo, bem como notas sobre dúvidas de cunho editorial.
O presente estudo trata da participação de músicos europeus no meio musical brasileiro e de sua contribuição na criação da memória na dimensão do coletivo em sua área de atuação. A pesquisa tem como recorte espacial e temporal a cidade do Rio de Janeiro entre as décadas de 1940 e 1960.